10 Curiosidades da Espanha que você precisa saber antes de ir!

A gente até achava que sabia alguma coisa sobre a Espanha, até chegar no país e descobrir um monte de tradições e costumes que nos surpreenderam e muito! Portanto, se você pretende conhecer mais sobre esse destino, confira essas 10 curiosidades da Espanha que vão fazer sua viagem ficar ainda mais interessante.

10 curiosidades da Espanha
Revelar alguns aspectos culturais da Espanha nos ajudou a entender ainda mais sobre a cultura espanhola e diversos costumes que nos dão ainda mais vontade de voltar ao país.

Confira essa lista com 10 curiosidades sobre a Espanha que vão fazer você ficar ainda mais interessado(a) pelo país:

1- La Tomatina, a guerra de tomate
Se há uma festa espanhola que a gente não entende bem é La Tomatina, uma tradição onde cerca de 30 toneladas de tomate são usadas como munição para a maior guerra de comida do mundo.

Há diversas versões para a origem da tradição, mas a mais confiável é a que diz que tudo começou em 1945 com uma briga durante o carnaval. Por acaso, havia uma barraca de tomates no momento – e assim começou inciou a “guerra”.

A festa acontece a apenas 30 quilômetros de Valência, na cidade de Buñol. Esta encantadora cidade é o cenário dessa batalha anualmente, sempre na última quarta-feira de agosto de cada ano.

La Tomatina acontece ao longo de uma semana em que se realizam diferentes atividades, que culminam no lançamento de tomates.

Como muitas festas, La Tomatina começa ao som de foguetes que avisam as pessoas que é hora de começar. Logo, as ruas estão inundadas de sementes e polpas de tomates que, logo depois, limparão toda a sujeira acumulada nas ruas ao longo do ano interior, graças à acidez dos tomates.

Depois, a prefeitura lava tudo com mangueiras de água.

Essa loucura acontece por exatamente uma hora, até que termina da mesma forma que começou: com o som de um foguete.

Se você quiser participar da Tomatina, tenha em mente que agora há um limite no número de participantes (20.000), então você precisa reservar seu ingresso com antecedência.

2- Espanhol ou Castelhano?
Tem gente que chama a língua falada na Espanha e nas Américas de Espanhol, enquanto outras a chamam de Castelhano. Mas qual a diferença entre as duas?

Gramaticalmente, nenhuma. Vocabulário, ortografia e regras gramaticais são as mesmas, então são em essência o mesmo idioma.

A diferença, no entanto, é que ambos os termos surgiram em momentos diferentes da história.

A palavra “castelhano” é mais antiga, e remonta ao reino de Castilla, na Idade Média, quando a Espanha ainda não existia como nação.

No século XIII, quando o Estado espanhol começou a se consolidar, o reino de Castilla prevaleceu sobre os outros territórios da região, e sua liderança levou à adoção do castelhano como língua do país que estava nascendo.

A razão pela qual alguns países optam por chamá-lo de uma forma e outros de outra é meramente política: na região do Rio da Prata, por exemplo, o nome “espanhol” refere-se ao período colonial, e “castelhano” à emancipação.

Por esta razão, o termo “castelhano” é mais usado na América do Sul e “espanhol” é usado em lugares onde as fronteiras linguísticas tendem a colidir com o inglês, como o Caribe e o México.

Já na Espanha, tudo depende da região: no norte, chamam de língua “castelhana”, enquanto na Andaluzia e nas Ilhas Canárias, preferem chamá-la língua “espanhola”.

3- E 15 outras línguas!
Castellano/ espanhol é a língua oficial da Espanha. No entanto, existem outras línguas co-oficiais ou não oficiais faladas de acordo com a diversidade cultural das regiões.

Hoje em dia, 16 línguas diferentes (oficiais e não oficiais) são faladas na Península Ibérica e nas 11 ilhas, que são uma parte importante do país.

As línguas mais faladas são:

Catalão | língua românica com origens na Catalunha, no nordeste da Espanha e partes adjacentes da França. É falada por 4,6 milhões de pessoas.

Galego | É uma língua oficial da região da Galícia, no canto noroeste de Espanha, junto a Portugal – tanto que podemos compreendê-la claramente. Galego é falado por 2,6 milhões de pessoas.

Valenciano | É uma língua oficial na região em torno da cidade de Valência e é falada por 2 milhões de pessoas.

Basco | Também chamada de euskera, é uma língua oficial no País Basco e é falada por 900 mil pessoas. É também uma das mais antigas da Europa, mais que o latim. Em comparação com as outras línguas da Europa, o Basco não tem nenhuma relação com qualquer outro idioma. Por isso se tornou a única língua isolada do continente.

Baleares | É o nome coletivo para os dialetos do catalão falado nas Ilhas Baleares e é falado por 600 mil pessoas em Maiorca, Menorca, Ibiza e Formentera.

4- Pelado, pelado, nu com a mão no bolso!
Atualmente, não existem leis contra a nudez em público na Espanha. No entanto, isso não significa que os espanhóis ficariam felizes se você andasse nu pelas Las Ramblas.

O nudismo só é realmente praticado em praias específicas da Espanha, que ficam principalmente na Catalunha, especialmente na região de Sitges, onde você pode encontrar as praias Mar Bella, Playa de las Balmain e Playa Muerto.

Embora os espanhóis não considerem os seios femininos como um tabu como os brasileiros, sair por aí totalmente nu ainda é considerado inapropriado.

Algumas partes do país são um pouco mais reservadas quando se trata de nudez completa.

Barcelona e outras grandes cidades metropolitanas têm uma visão muito mais amigável do naturismo e do que algumas cidades costeiras menores.

O governo local em Cádiz, Andaluzia, por exemplo, levantou a possibilidade de multar as pessoas pegas nuas em suas praias.

Ainda assim, a cultura espanhola é bastante aberta quando se trata da sexualidade, e o topless é aceito nas praias da Espanha.

Se estiver em dúvida se a nudez é ou não aceitável onde você está durante a sua viagem, basta ver o que os moradores do local estão fazendo.

5- A dança folclórica mais popular é o Flamenco
O flamenco é um dos elementos mais característicos da cultura espanhola, especialmente na Baixa Andaluzia, entre as províncias de Cádiz e Sevilha, onde surgiu por volta do século XVIII. Ele foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2010.

Flamenco é o resultado da fusão de vocais com a dança e o acompanhamento musical, respectivamente chamados de cante, baile e toque.

O traje tradicional do flamenco é o seu elemento mais característico, e os longos vestidos de prega usados pelas mulheres são conhecidos mundialmente.

Tradicionalmente, as performances de flamenco eram realizadas em festividades religiosas, rituais, cerimônias sacramentais e festas privadas. Hoje em dia encontram-se bares e restaurantes com apresentações de flamenco por toda a Espanha, especialmente em cidades mais turísticas.

Sua origem é fonte de debate, mas podemos encontrar algumas de suas raízes na Espanha árabe, já que os sons que definem o gênero flamenco podem ter vindo dos cânticos islâmicos.

Há também aqueles que atribuem a criação desta música aos ciganos, que chegaram na Espanha no início do século XV, procurando climas mais quentes.

Outro aspecto do Flamenco que faz desta arte um verdadeiro mistério é a definição da origem exata do termo “flamenco”.

Há muitas teorias sobre a gênese desta palavra, mas a mais difundida é a defendida por Blas Infante em seu livro “Orígenes de lo flamenco”. Segundo ele, a palavra “flamenco” deriva dos termos árabes “Felah-Mengus“, que juntos significam “camponês errante”.

6- O Hino Nacional da Espanha não tem letra!
Curiosamente, a “Marcha Real” é um dos únicos quatro hinos nacionais do mundo (juntamente com a Bósnia e Herzegovina, Kosovo e São Marinho) que não tem letra oficial.

A música foi composta em 1761 por Manuel de Espinosa de los Monteros, que escreveu a música como uma marcha militar para a Infantaria Espanhola.

Em 1770, o rei Carlos III a declarou a marcha oficial da Espanha, e mais tarde ela tornou-se o hino nacional do país. Ao longo dos séculos, houve uma série de tentativas de colocar palavras na “Marcha Real”, mas nenhuma das letras foi oficialmente aprovada pelo governo espanhol.

Durante a ditadura do General Francisco Franco, letras foram compostas pelo poeta fascista José María Pemán, mas com a morte de Franco e a transição da Espanha para a democracia, a letra foi abandonada.

Em 2008, o Comitê Olímpico espanhol tentou novamente colocar letras no hino, mas a sua sugestão foi amplamente criticada devido ao uso da expressão “Viva España” logo na abertura. Essa expressão é geralmente associada à ditadura de Franco.

Em eventos esportivos como a Copa do Mundo, resta aos jogadores e à torcida ficar cantarolando “na, na, na” ou ficar em silêncio. Por isso, na próximas vez que você ver o time da Espanha em silêncio, saiba que não é culpas deles.

7- O maior produtor de azeite de oliva no mundo
Nós brasileiros geralmente associamos o azeite à Portugal, mas a verdade é que a Espanha produz cerca de 44% da quantidade total de azeite consumido no mundo!

A produção de azeitonas na Península Ibérica remonta ao 2.000 a.C. e as evidências arqueológicas mostram que a Andaluzia foi o principal fornecedor de azeite para o Império Romano.

Mas nos últimos 25 anos, e especialmente na última década, o mundo do azeite espanhol está mudando. No passado, o país era conhecido por sacrificar a qualidade pela quantidade. Grande parte era vendido a granel para a Itália e misturado com óleos de outros países mediterrâneos e comercializado como um “produto da Itália”.

Mas agora os produtores de azeite da Espanha estão investindo na excelência, com novas práticas de colheita a maquinaria de ponta, e cultivando centenas de diferentes tipos de azeitonas, sendo as variedades mais comuns a Picual, a Hojiblanca, a Arbequina e a Cornicabra

Quase todas as regiões do país produzem azeite de oliva, mas o sul da Espanha é o mais conhecido pelas azeitonas.

Em Jaén, no nordeste da Andaluzia, as oliveiras se estendem até o horizonte. Só essa região produz mais de 40% do azeite de oliva da Espanha e cerca de 20% da oferta global.

8- O país europeu com mais bares
Está ansioso por uma “cerveza”? Fique tranquilo, pois você não terá problemas em encontrar um bom bar. O fato é que a Espanha é o país com a maior quantidade de bares em toda a Europa, e há cafés e bares abertos durante o dia e à noite.

Só a região sul da Andaluzia tem tantos bares – incluindo bares e cafés – quanto a Dinamarca, Finlândia, Irlanda e Noruega juntas. Mesmo que a crise financeira tenha levado ao fechamento de 70 mil bares e cafés da Espanha nos últimos quatro anos, e os 350 mil bares do país tenham caído para 280 mil, suas receitas ainda representam 15% do PIB do país!

Um exemplo é a cidade de Mogán, perto de Las Palmas, na ilha de Gran Canaria, que tem 547 bares e cafés para pouco mais de 23 mil habitantes – o que significa um para cada 43 pessoas.

Mas ir a um bar espanhol é muito diferente do que imaginamos.

Os bares servem geralmente café, refrigerantes e álcool a qualquer hora do dia, normalmente das 7h à meia-noite.

E eles são frequentados por todos, desde trabalhadores a famílias com crianças, para um happy hour ou chá da tarde, um café na hora do almoço ou bebidas mais fortes à noite.

Há ainda bares que servem também bolos e café, enquanto os cafés servem vinho e cerveja, o que significa que a distinção entre um café e um bar é muito tênue na Espanha.

9- A Capela Sistina da pré-história está na Espanha
Perto de Santander encontra-se a caverna de Altamira, onde foram descobertos muitos desenhos pré-históricos de formas e significados variados.

Esta caverna é tão impressionante e de tamanha importância histórica que as pessoas começaram a chamá-la de Capela Sistina da Pré-história.

A caverna em si foi descoberta em 1868 por um caçador local, mas foi somente depois de dez anos que a verdadeira magnificência do que estava na caverna veio à luz.

Em 1876, Don Marcelino Sanz de Sautuola, o dono da caverna, foi o primeiro a descobrir as pinturas rupestres. Como eles não pareciam fazer algum sentido, ele não deu importância ao fato.

Mas em 1878, Sautuola estava visitando uma exposição em Paris quando viu pedaços de ossos esculpidos. Excitado com a perspectiva de encontrar o mesmo em sua caverna, ele juntou-se a Juan Vilanova y Piera, arqueólogo da Universidade de Madrid, e começou a escavar em 1879.

Enquanto de Sautuola escavava o chão da caverna, Maria, sua filha de oito anos, a explorava. A menina foi a primeira a avistar os famosos bisões desenhados no teto da caverna. Maria pensou que as representações dessa espécie extinta eram touros e gritou para chamar a atenção do pai. Muitos anos depois, Maria diria ao historiador alemão Herbert Kühn que descobrir o bisão tinha sido a maior aventura da vida dela, mas também a maior decepção.

Isso porque seu pai, mesmo tendo sido reconhecido pela importância de sua descoberta, concluiu que as pinturas e objetos encontrados foram feitos pelas mesmas pessoas responsáveis pelos artefatos que ele viu na exposição em Paris.

Infelizmente, ele foi ridicularizado por suas conclusões e foi até acusado de fazer ele próprio as pinturas. Ele morreu em 1888 pobre e esquecido. Só em 1902 é que os arqueólogos aceitaram o que Don Marcelino tinha sugerido anos antes, que os bisões pintados em Altamira tinham milhares de anos de idade.

Durante 12 anos a caverna de Altamira foi acessível apenas aos pesquisadores e conservadores. Somente a partir de fevereiro de 2014 que as visitas foram abertas ao público. A cada semana, cinco visitantes do Museu de Altamira são escolhidos aleatoriamente, recebem roupas especiais e podem participar de uma visita guiada de 37 minutos.

10- Na Espanha há 44 Patrimônios da Humanidade pela UNESCO
Se você gosta de história, vai amar a Espanha. Isso porque o país é o terceiro no mundo em número de Patrimônios Mundiais da Humanidade (culturais e naturais somados), atrás apenas da Itália e da China.

A Espanha tem tanto Património Mundial devido a ter sido parte do Império Romano desde seus primeiros séculos, bem como por sua própria cultura, altamente influenciada pelos Árabes.

A cidade de Córdoba é a campeã mundial em termos de sítios nomeados Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. Córdoba recentemente conquistou seu quarto Patrimônio Mundial, o que significa que ela ultrapassou oficialmente Paris e Roma.

A Mesquita de Córdoba foi o primeiro Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO dentro dos limites da cidade. Os historiadores acreditam que a estrutura original foi construída como uma igreja em algum momento do século VI.

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